sexta-feira, 13 de março de 2009

TV Cuca celebra 100 mil visitas e muitas parcerias

TV Cuca é uma das iniciativas que deu certo para a UNE

“Chegar a 100 mil visitas é uma constatação do poder dessa linguagem. O Youtube já bomba e a TV Cuca está estreando na modernidade, criando sua própria linguagem audiovisual”, avalia Alessandra Stropp, coordenadora de Comunicação do Instituto Cuca e estudante de Cinema da Universidade Federal Fluminense.

Para Alessandra, é importante comemorar os resultados até aqui, mas muito mais pode ser feito. “Até aqui as experiências com a TV foram boas, mas insuficientes. No início, a produção era centralizada e agora estamos cuidando de descentralizá-la para que possamos fortalecer a TV com diferentes produtores culturais de diferentes lugares.”

“Para isso, é preciso ampliar a rede de comunicadores da TV. Contamos com uma sucursal em Brasília e com o apoio de núcleos de audiovisual dos cucas locais. O diálogo entre essa rede é fundamental para que a TV continue dando certo e possa conquistar mais colaboradores e novos projetos”, afirma Alessandra.

Mídias livres

Para ela, a iniciativa é decisiva na busca da democratização do direito à comunicação. “Nossa linguagem, diferente das TVs comerciais, não está preocupada com o lucro, mas sim com as demandas culturais da sociedade. Fazemos parte do movimento de mídias livres, que rompem com a relação de produtor e audiência, já que a audiência também é produtora de conteúdos.”

Essa nova relação é apontada como um dos motivos do sucesso de audiência obtido pela TV Cuca. “A rede do Cuca é uma alternativa radical que, mesmo pequena e pobre, expressa de forma geral as tendências de oposição, abertas e veladas, nas culturas populares. O que importa é que essa mídia se comunica dispondo de exemplos mais próximos de seu grupo e fala de necessidades que nem sempre estão na agenda das grandes corporações de comunicação”, reflete Alessandra.

Diante dessa perspectiva, a TV Cuca é uma das mídias livres que buscam recursos do edital do MinC, lançado no Fórum Social Mundial (FSM) de Belém, que premiará 10 iniciativas de mídia livre com R$ 140 mil. “O prêmio é uma iniciativa ainda tímida do governo, se comparado com que ele dá aos grandes meios de comunicação, mas é a oportunidade que temos de continuar desenvolvendo esse projeto na perspectiva de lançar luzes no debate de democratização dos meios de comunicação”, defende a estudante.

Parcerias

Além da TV, o Cuca também tem hoje um blog — associado às paginas de diversos servidores de rádio, fotos, videologs e outros blogs —, coordena dezenas de pontos de cultura pelo país e um pontão, além de realizar regularmente um cine-jornal que corre as centenas de atividades do movimento estudantil.

“Os conteúdos do cine-jornal são pautados pela realidade micro do movimento estudantil. O roteiro de filmagem é definido tanto pelo que se quer falar e mostrar, como por materiais de arquivo próprio ou alheio. As filmagens acontecem na intersecção entre o que se deseja e o que é viável, tanto economicamente, quanto ética e esteticamente”, explica Alessandra.

Além do Vermelho, e partindo da parceira estratégica com entidades estudantis e grupos culturais, a TV Cuca também desenvolveu projetos com o MinC, a FMG (Fundação Maurício Grabóis), o Conjuve (Conselho Nacional de Juventude), o CEMJ (Centro de Estudos e Memória da Juventude), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a UJS (União da Juventude Socialista), o projeto Ação Griô, entre outros.

Confira abaixo os dois vídeos produzidos pela TV Cuca, em parceria com a Fundação Maurício Grabóis e o Vermelho, por ocasião do FSM:

- FSM América Latina (3m58s):

- FSM Crise Internacional (3m):

Conheça outras produções da TV Cuca aqui:

AUTOR: Carla Santos

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