Uma das críticas que acompanhamos na grande mídia diz respeito a um certo “dirigismo cultural”, que estaria contido na Nova Lei. Ora, devemos partir do principio que se a verba é pública o estado tem de saber onde, porque e como ela esta sendo investida. Isso tem menos a ver com “dirigismo cultural” e sim com maior controle na gerencia dos recursos públicos aplicados. Parâmetros mais claros quanto aos aspectos técnicos e orçamentários do projeto e principalmente o seu retorno social são necessários. Boa parte das iniciativas culturais que foram incentivadas pela lei Rouanet, cito por exemplo o Cirque du Soleil, provem de investimentos altos aos cofres públicos porém sem contrapartida social e acessibilidade ao público restrita c
A estruturação dos conselhos setoriais municipais e estaduais como estão previstos, com participação da sociedade civil em 50%, e a prerrogativa para a estruturação dos Conselhos Municipais de Cultura, são a melhor forma para aumentar a representatividade a qual evita tanto a influencia estatal quanto a privada.
Outro fator marcante para a urgente reformulação da lei de fomento diz respeito a desigual distribuição dos recursos aplicados em cada estado. Segundo fonte do próprio MINC em 2007 as regiões Sudeste/ Sul captaram 80% do investimento, ao passo que o Centro Oeste ficou com 11%, o Nordeste com 6% e o Norte com 3% apenas.
Não deixaram ainda assim que haver reclamações, fruto da pequeneza na visão política e cultural de nossa elite, quanto a interpretação desses dados. Não uso aqui o conceito elite no sentido de classe social mas no sentido entre relação de interesses, como estas opiniões colhidas na internet; “A reforma da Lei não pode punir os produtores e artistas que fazem teatro de qualidade só porque moram no Rio ou em São Paulo. O que governo quer? Tirar os 10
Poderíamos assim entender se a Nova Lei não devesse justamente servir para equacionar as disparidades sociais, econômicas e culturais refletida entre os estados, fruto de modelos centralizadores a qual foi montada a moderna indústria cultural brasileira. Essa visão ainda provinciana na distribuição dos recursos merece que mecanismos como os Fundo Setoriais; das Artes, da Cidadania, da Identidade e Diversidade Cultural, da Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro, do Livro e Leitura, do Fundo Global de Equalização, do Fundo Se
A questão da juventude brasileira, e dentro de um espectro mais amplo o estudante, é o momento especial da vida onde os valores, crenças, hábitos e educação estão sendo “cultivados” – do termo colere; Cultura. Arriscaria dizer ser esta a parcela da sociedade onde mais se produz, e se tivessem maiores condições, mais consumiria cultura também.
O Vale Cultura proposto pelo MINC no valor de R$ 50,00 (o governo dará 30% de renuncia fiscal, o emp
Sob opinião particular do autor, ao Ministério da Cultura abrir novas cotas para incentivo via renúncia fiscal (hoje só é permitido 30% ou 100%) devemos estabelecer também novos critérios, tal como acessibilidade social, para seleção e obtenção destas cotas. Assim, os projetos culturais que forem alcançar as faixas de dedução de 80%, 90% e 100% devem isentar o jovem, caracterizado hoje entre 15 e 29 anos segundo o Plano Nacional de Juventude, no valor de 25% do preço da entrada. Esta ação afirmativa proporia um vinculo sincero a ju
Graduando em História - UFRJ , Diretor de Cultura da UEE/RJ, Coordenador do Ponto de Cultura CUCA da UNE/RJ